Já imaginou em combinar a proteção fornecida por meio da renda fixa com a possibilidade de retornos mais fortes oferecidos por meio da renda variável e ainda ter acesso a uma variedade de ativos internacionais? Então, esta é a proposta do COE (Certificados de Operações Estruturadas).
É um investimento que ajuda a diversificar a carteira do investidor. Pois, permite atuar em cenários que dificilmente conseguiria ganhos sem correr maiores riscos.
Em um COE, as perdas e os ganhos de um investimento são em geral limitados. Do mesmo modo, as pessoas que se candidatam hoje já têm uma ideia de quanto dinheiro vão ter ao final do investimento.
Então, quer saber mais? Veja este artigo com tudo o que você precisa saber para entender como os COEs funcionam, seus benefícios e vantagens. Então, descubra se eles se encaixam em suas metas financeiras ou se é melhor buscar outras alternativas.
Sobre o COE
Os Certificados de Operações Estruturadas estão abertos para investidores brasileiros há muitos anos. E são semelhantes aos chamadas “notas estruturadas” populares na Europa e nos Estados Unidos.
Além disso, na prática, um COE é um produto financeiro que mistura características e aplicações de renda fixa e renda variável em um “pacote”. De certa forma, o COE lembra um pouco o funcionamento de um fundo de investimento por ser um conjunto de ativos.
No entanto, há uma diferença importante: além de ter um valor mínimo de investimento e um indexador definido, o COE também têm prazo de validade, apresentando aos investidores uma gama de muitos cenários de lucros e perdas.
O COE é, então, um produto que pode atender tanto aos investidores mais conservadores. Ainda com medo de investir em mercados mais arrojados. Quanto aos investidores experientes que buscam diversificar seus investimentos em mercados mais sofisticados.
Como funciona o COE?
O COE é estruturado como ativo que muda de índice, como, por exemplo, o Ibovespa. Com isso, o banco compra derivativo do índice e os coloca em uma cesta, sendo quase 90% em renda fixa.
Além disso, é esta renda fixa que vai garantir que o ativo inicial não seja perdido, mesmo que o mercado de ações caia. Se o derivativo atingir sua meta, o COE vai ter que ter um excelente desempenho para o comprador.
Os investidores podem pelo menos proteger o capital inicial se algo der errado. Do mesmo modo, o COE não apenas acompanha o Ibovespa, mas também organiza ações e índices de ações, commodities, juros, índices de inflação, ouro, moedas e muito mais.
Assim, como resultado, alguns bancos se referem ao COE como “COE de tecnologia”, incluindo decorrentes de ações de empresas como Facebook e Google, ou “COE dos EUA”, com produtos vinculados ao índice S&P 500.
Vantagens e desvantagens
A flexibilidade é uma das principais vantagens do COE. Por ter um ativo de referência muito diversificado, os investidores podem acessar facilmente a rentabilidade de ativos mais complexos, como ações internacionais ou moedas.
No entanto, cada uma destas opções atende a um perfil diferente, e as pessoas podem optar por aquela que melhor se alinha as suas metas financeiras. Dessa forma, é possível conseguir retorno em cenários diferentes.
Mas, isso ocorre porque existem COEs que beneficiam os investidores se o mercado estiver indo bem, mas também há COEs que ganham dinheiro mesmo que o mercado caia. Há também produtos que apresentam retornos positivos para os investidores em ambos os casos, e outros que preveem retornos mesmo quando o mercado está de lado.
Além disso, a garantia de recuperação do investimento inicial fornecida por muitos COEs fornece segurança para investidores que ainda não estão acostumados a investir em alternativas mais arriscadas, como renda variável.
Pois, com isso, eles podem se submeter a algum tipo de “teste” antes de embarcar em voos mais longos e arriscados. Assim, outra vantagem é que todas as aplicações propostas por meio do COE podem ser anotada juntas em um pacote, ao invés de uma a uma.
Dessa forma, isso beneficia o trabalho dos investidores que também se beneficiam desse recurso na hora de pagar o imposto de renda, uma alíquota única e maneira de cálculo se aplicam a todo o conjunto.
Então, a desvantagem está relacionada principalmente à liquidez. Pois, não é possível resgatar o COE antes do vencimento (só pode ser negociado em mercados financeiros).
Como investir com segurança em um COE; Veja as etapas
Se toda essa conversa fez você se interessar por esse novo tipo de investimento, bom. Aqui você vai aprender todas as etapas necessários para começar a comprar certificados de operações estruturadas de forma segura. Veja:
Primeira etapa: abra uma conta
Para investir em um COE, a primeira etapa é abrir uma conta em uma corretora. Mas, isso geralmente é muito fácil: você precisa fazer o preenchimento de algumas informações e enviar documentos pessoais, como cópia do seu CPF e RG.
Além disso, para escolher uma corretora, avalie questões como a abrangência do COE e outros investimentos que ela fornece. O tempo que leva para depositar o valor quando for necessário um resgate e até mesmo a facilidade de uso da plataforma de investimentos.
Segunda etapa: realize um teste de suitability
Cada tipo de investimento é idêntico para um tipo específico de investidor, assim como um COE. Então! É importante preencher o formulário do perfil do investidor, quando tiver uma conta aberta.
O documento levanta questões sobre o relacionamento entre pessoas cujos investimentos financeiros podem sofrer perdas. Ele é usado para definir o perfil de risco de cada cliente. Em outras palavras, quanto risco ele está disposto a assumir em seu investimento.
Por exemplo, na XP Investimentos, COEs com Valor Nocional Protegido são apropriados para investidores com perfil moderado.
No entanto, os COEs de valor nominal em risco são falados apenas para investidores com perfil agressivo. Apenas investidores com perfil adequado podem se inscrever no produto.
Esta adequação de um produto ao perfil de risco de cada investidor é chamada de suitability.
Terceira etapa: escolha o ativo
Após passar pelas duas primeiras etapas, é hora de escolher os COEs aos quais você deseja se inscrever.
Então, leia atentamente o Documento de Informações Essenciais (DIE) dos ativos que mais chamam a atenção, considerando suas características em relação as suas metas financeiras.
Mas, se lembre de pesquisar o funcionamento do produto, previsões do processo de pagamento, riscos, garantias, prazos e rentabilidade pretendida.
Veja também:
Investimentos a curto e longo prazo: entenda as diferenças e qual é o melhor para você!
Taxa Selic: Entenda o que é, como funciona e como influência nos investimentos.
Dividendo: Entenda como funciona e como ganhar com eles
Quarta etapa: avalie os riscos e assine os documentos
Se lembre, para começar a investir em um COE, você precisa assinar um termo de ciência de risco. Então, se certifique de ter uma compreensão clara dos prós e contras do produto antes de comprar.
Quinta etapa: transfira os recursos e comece a investir
Visto que sua decisão foi tomada, é hora de começar a negociar. Mova fundos de sua conta corrente para sua nova conta na corretora por meio de um DOC ou TED.
Então, demora no máximo um dia. Compre os COEs que você escolheu e comece a acompanhar seu desempenho por meio da plataforma de investimentos.